A 17ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA 2025) encerra este domingo, 7 de setembro, na cidade de Barra do Piraí (RJ). O evento reúne estudantes do ensino médio de 14 países numa competição que envolve astronomia, foguetes, muito aprendizado e interação entre povos da América latina.
Abertura oficial no Planetário do Rio
No dia 1º de setembro, a abertura ocorreu na Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, na Gávea. A solenidade contou com a presença de autoridades científicas, representantes diplomáticos e dirigentes das principais instituições de pesquisa em astronomia do Brasil, como Renato da Costa Pellizzari (presidente da Fundação Planetário), Josina Oliveira do Nascimento (Observatório Nacional), João Batista Garcia Canalle (OBA) e Eugênio Reis Neto (MAST e presidente da OLAA 2025).

Representantes de consulados latino-americanos também marcaram presença, assim como o físico e astrônomo Alexandre Cherman, responsável pelo Planetário do Rio. Em vídeo, a Deputada Federal Tabata Amaral enviou mensagem de apoio, reforçando a relevância da educação científica no país.
O presidente da Fundação Planetário, Renato Pelizzari, ressaltou que sediar a 17ª OLAA é um marco para a instituição e para o Rio de Janeiro. Ele lembrou que, desde 1970, o Planetário busca se consolidar como referência não apenas em aspectos pedagógicos, culturais e turísticos, mas também como um espaço de produção científica.
O astrônomo Alexandre Cherman, diretor de Astronomia do Planetário, também celebrou a realização do evento no Rio. Para ele, receber 14 delegações na maior cúpula do Brasil e da América Latina é motivo de orgulho, além de fortalecer os laços de amizade entre países e apaixonados pela astronomia.

Inícios dos desafios
Após a cerimônia, os estudantes participaram de uma sessão especial no planetário e encararam a primeira prova observacional, em que precisaram identificar estrelas e constelações projetadas na cúpula.
Para o aluno brasileiro Guilherme Waiandt, a primeira prova da Olimpíada no Planetário apresentou perguntas sobre identificação de estrelas e constelações na cúpula. “A gente já vinha treinando há bastante tempo, desde o início do ano, e achei muito legal”.
– Normalmente fazemos em planetários menores, mas aqui foi um planetário gigante, com o céu girando a cada questão, o que deixou tudo bem mais difícil e, ao mesmo tempo, muito interessante. Eu achei a experiência incrível e estou muito feliz de participar dessa Olimpíada – destaca Guilherme.
Felipe Maia, outro estudante representante do Brasil, disse que as questões estão condizentes com o treinamento realizaram. “Achei interessante a escolha de pedir para escrever em extenso o nome das estrelas, em vez de apenas correlacionar alternativas, como é mais comum”.
– Foi uma prova divertida de fazer e, como sempre acontece, é muito legal terminar e conversar com os amigos sobre as constelações e estrelas que cada um marcou – comenta Maia.

Gustavo Globig, outro aluno brasileiro, comenta que o desafio no Planetário do Rio, com toda a sua estrutura e inclinação diferenciada, tornou a experiência ainda mais especial. “Tivemos uma apresentação antes da prova e foi muito massa poder começar a Olimpíada em um espaço tão completo.”
Experiência emocionante
Milagros, a líder da delegação uruguaia, e Alfredo, o colíder, compartilham suas perspectivas sobre a experiência de seus alunos em uma Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Milagros, que já competiu, disse que a experiência é emocionante e causa impactos positivos na vida dos jovens, incentivando-os a se aprofundar na disciplina.

Alfredo diz que nunca teve a oportunidade de participar de uma Olimpíada na juventude, vive a experiência vicariamente através dos alunos, sentindo-se feliz ao vê-los aproveitar e se esforçar nas provas. Ambos destacaram a importância das amizades e contatos que os participantes estão formando. “A experiência está sendo muito boa em ver a diversão e a interação com líderes e estudantes de outros países, aprendendo sobre diferentes culturas e idiomas”.
Oficinas e provas práticas

No dia 2 de setembro, enquanto os líderes das delegações se reuniam para discutir detalhes da prova teórica individual, os estudantes participaram da oficina de bases de lançamentos, ou lançadeiras, de foguetes de garrafa PET.

Dia 3 de setembro, os alunos participaram das oficinas de foguetes, com atividades práticas de construção de seus protótipos. No dia 4 de setembro, pela manhã, os jovens realizaram testes com os foguetes e realizaram reparos. Na parte da tarde, foi a prova real de lançamento de foguetes, realizada em grupos multinacionais.

Viagem a Itajubá e visita ao LNA

Já o dia 5 de setembro contou com um grande passeio com delegações. Logo pela manhã, todos embarcaram em ônibus rumo a Itajubá, onde conheceram as instalações do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), referência em pesquisas astronômicas no país.

A visita ao LNA simboliza não apenas o contato com a ciência de ponta desenvolvida no Brasil, mas também a oportunidade de inspirar os estudantes para o futuro da pesquisa científica no continente.

Premiação
Dia 7 de setembro, será a tão aguardada entrega das premiações aos estudantes de forma individual e em grupo. A Comunidade Científica Júnior seguirá acompanhando todas as etapas da competição, que coloca o Brasil e a América Latina no centro da ciência mundial.

En español
OLAA 2025: primeros días unen ciencia, integración y cohetes en Brasil
La 17ª Olimpiada Latinoamericana de Astronomía y Astronáutica (OLAA 2025) concluye este domingo, 7 de septiembre, en la ciudad de Barra do Piraí (RJ). El evento reúne a estudiantes de secundaria de 14 países en una competencia que involucra astronomía, cohetes, mucho aprendizaje e interacción entre los pueblos de América Latina.
Apertura oficial en el Planetario de Río

El 1º de septiembre, la apertura tuvo lugar en la Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, en la Gávea. La ceremonia contó con la presencia de autoridades científicas, representantes diplomáticos y dirigentes de las principales instituciones de investigación en astronomía de Brasil, como Renato da Costa Pellizzari (presidente de la Fundação Planetário), Josina Oliveira do Nascimento (Observatório Nacional), João Batista Garcia Canalle (OBA) y Eugênio Reis Neto (MAST y presidente de la OLAA 2025).
También estuvieron presentes representantes de consulados latinoamericanos, así como el físico y astrónomo Alexandre Cherman, responsable del Planetario de Río. En un video, la diputada federal Tabata Amaral envió un mensaje de apoyo, reforzando la relevancia de la educación científica en el país.
El presidente de la Fundação Planetário, Renato Pellizzari, destacó que albergar la 17ª OLAA es un hito para la institución y para Río de Janeiro. Recordó que, desde 1970, el Planetario busca consolidarse como referencia no solo en aspectos pedagógicos, culturales y turísticos, sino también como un espacio de producción científica.
El astrónomo Alexandre Cherman, director de Astronomía del Planetario, también celebró la realización del evento en Río. Para él, recibir 14 delegaciones en la mayor cúpula de Brasil y de América Latina es motivo de orgullo, además de fortalecer los lazos de amistad entre países y apasionados por la astronomía.

Inicio de los desafíos
Tras la ceremonia, los estudiantes participaron en una sesión especial en el planetario y enfrentaron la primera prueba observacional, en la que debieron identificar estrellas y constelaciones proyectadas en la cúpula.
Para el estudiante brasileño Guilherme Waiandt, la primera prueba de la Olimpíada en el Planetario presentó preguntas sobre identificación de estrellas y constelaciones en la cúpula. “Ya veníamos entrenando desde hace bastante tiempo, desde principios de año, y me pareció muy bueno”.
— Normalmente lo hacemos en planetarios más pequeños, pero aquí fue un planetario gigante, con el cielo girando en cada pregunta, lo que lo hizo mucho más difícil y, al mismo tiempo, muy interesante. Me pareció una experiencia increíble y estoy muy feliz de participar en esta Olimpíada — destacó Guilherme.
Felipe Maia, otro estudiante representante de Brasil, dijo que las preguntas estaban de acuerdo con el entrenamiento que realizaron. “Me pareció interesante la elección de pedir escribir por extenso el nombre de las estrellas, en lugar de solo correlacionar alternativas, como es más común”.
— Fue una prueba divertida de hacer y, como siempre sucede, es muy bueno terminar y conversar con los amigos sobre las constelaciones y estrellas que cada uno marcó — comentó Maia.
Gustavo Globig, otro alumno brasileño, comentó que el desafío en el Planetario de Río, con toda su estructura e inclinación diferenciada, hizo que la experiencia fuera aún más especial. “Tuvimos una presentación antes de la prueba y fue genial poder comenzar la Olimpíada en un espacio tan completo”.
Experiencia emocionante
Milagros, la líder de la delegación uruguaya, y Alfredo, el colíder, comparten sus perspectivas sobre la experiencia de sus alumnos en una Olimpiada Latinoamericana de Astronomía y Astronáutica (OLAA). Milagros, que ya había competido, comentó que la experiencia es emocionante y genera impactos positivos en la vida de los jóvenes, motivándolos a profundizar en la disciplina.
Alfredo señaló que nunca tuvo la oportunidad de participar en una Olimpiada en su juventud y que ahora vive la experiencia de manera vicaria a través de los estudiantes, sintiéndose feliz al verlos disfrutar y esforzarse en las pruebas. Ambos destacaron la importancia de las amistades y contactos que los participantes están formando. “La experiencia está siendo muy buena al ver la diversión y la interacción con líderes y estudiantes de otros países, aprendiendo sobre diferentes culturas e idiomas”.
Talleres y pruebas prácticas

El 2 de septiembre, mientras los líderes de las delegaciones se reunían para discutir detalles de la prueba teórica individual, los estudiantes participaron en el taller de bases de lanzamientos, o lanzaderas, de cohetes de botellas PET.
El 3 de septiembre, los alumnos participaron en los talleres de cohetes, con actividades prácticas de construcción de sus prototipos. El 4 de septiembre, por la mañana, los jóvenes realizaron pruebas con los cohetes y efectuaron reparaciones. Por la tarde, tuvo lugar la prueba real de lanzamiento de cohetes, realizada en grupos multinacionales.
Viaje a Itajubá y visita al LNA
El 5 de septiembre se realizó una gran excursión con las delegaciones. A primera hora de la mañana, todos embarcaron en autobuses rumbo a Itajubá, donde conocieron las instalaciones del Laboratorio Nacional de Astrofísica (LNA), referencia en investigaciones astronómicas en el país.
La visita al LNA simboliza no solo el contacto con la ciencia de vanguardia desarrollada en Brasil, sino también la oportunidad de inspirar a los estudiantes para el futuro de la investigación científica en el continente.
Premiación
El 7 de septiembre será la tan esperada entrega de premios a los estudiantes, tanto de forma individual como en grupo. La Comunidad Científica Júnior seguirá acompañando todas las etapas de la competencia, que coloca a Brasil y a América Latina en el centro de la ciencia mundial.