O Brasil será representado por cinco estudantes do ensino médio na 18ª IOAA (Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica), que acontece de 11 a 21 de agosto, em Mumbai, na Índia. deste ano. Eles vão competir com os melhores alunos do mundo em astronomia e astrofísica.
A delegação é composta pelos alunos Franklin da Silva Costa, de Recife (PE), Francisco Carluccio De Andrade, de Campinas (SP), Giovanna Karolinna Ribeiro de Queiroz, de São Paulo (SP), Luca Pieroni Pimenta, de Valinhos (SP) e Lucas Amaral Jensen, de Itapetininga (SP). Os professores líderes da equipe serão Júlio César Klafke e Eduardo Henrique Camargo de Toledo.
Sobre a IOAA
A IOAA é uma competição anual que reúne estudantes de diversos países. O objetivo principal é estimular o interesse dos jovens pela astronomia e astrofísica. Em 2025, o evento conta com o apoio do Governo da Índia, por meio do DAE, DST e do projeto Vigyan Pratibha (HBCSE).
Expectativas
A equipe da Comunidade Científica Jr, com apoio da Agência Drumond, acompanhou o treinamento e conversou com os estudantes que vão disputar a IOAA.
Francisco Carluccio De Andrade, de 17 anos, conta que as olimpíadas mudaram seu modo de estudar e despertaram sua paixão pela astronomia:
– A principal coisa das olimpíadas foi aprender a estudar sozinho, me aprofundar em conteúdos que nunca teria oportunidade na escola. Descobri meu interesse pela física e pela astronomia, além de criar amizades que levo para a vida toda – diz Francisco.
Já Franklin da Silva Costa, do Instituto Federal de Pernambuco, lembra que os desafios o ajudaram a evoluir academicamente:
– A experiência do ano passado me fez perceber o nível em que eu estava e o quanto precisava melhorar. Cada treinamento me impulsiona a ir além, e estar nesse ambiente, trocando ideias com pessoas que compartilham o mesmo interesse, é algo transformador – relembra Franklin.
Para Giovanna Karolinna Ribeiro de Queiroz, do Colégio Objetivo Integrado, o esforço vale cada conquista:
– A rotina é intensa, mas recompensadora. Nos treinamentos, as provas exigem muita dedicação, mas a comunidade olímpica é acolhedora. A ajuda dos professores e da organização é essencial para nossa preparação – reforça Karolinna.
Luca Pieroni Pimenta, que já representou o Brasil na OLAA (Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica), está animado com a diversidade cultural da IOAA:
– Ano passado, na Latino-Americana, a troca cultural com países vizinhos foi incrível. Este ano, na IOAA, teremos contato com jovens do mundo inteiro, o que será ainda mais enriquecedor – destaca Pimenta.
Por fim, Lucas Amaral Jensen destaca como as olimpíadas ampliaram sua visão de aprendizado:
“As olimpíadas são uma válvula de escape para o sistema educacional engessado. Mais do que o conteúdo, aprendi a lidar com desafios e situações novas, algo que levarei para a vida.”
Preparação
Segundo o Prof. Dr. João Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), antes de enfrentar o desafio internacional, a equipe participou de treinamentos com alunos que foram medalhistas em edições anteriores, além de professores, especialistas e astrônomos.
Antes de viajar para Índia, o grupo fez um extenso treinamento com professores, astrônomos e alunos que já foram medalhistas na IOAA e OLAA. As aulas incluíram tanto atividades teóricas quanto práticas. Para os que competirão na IOAA, a programação traz aulas de análise de dados astronômicos, geometria em 3D, provas simuladas — teórica, observacional e de planetário —, além de práticas com telescópio e sessões de orientação com ex-olímpicos.
Quer saber mais sobre o treinamento? Clique aqui e leia a matéria completa
Quer saber como participar de uma olimpíada de astronomia no exterior?
Leia a matéria completa no link:
Organizadores da OBA
A OBA é realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com os Deputados Federais Tabata Amaral, André Janones, Vitor Lippi, Ismael Alexandrino, Senador astronauta Marcos Pontes, Centro Universitário Facens, BTG Pactual, Bizu Space, UERJ, Força Aérea Brasileira e Agência Espacial Brasileira.
A OBA ainda tem como embaixadores os canais Manual do Mundo, Física Total e AstroBioFísica.
