Brasil brilha na Olimpíada Iberoamericana de Biologia, na Colômbia

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Tibérius Drumond

Estudantes brasileiros conquistaram três medalhas de ouro e uma de prata na 18ª Olimpíada Iberoamericana de Biologia (OIAB), realizada na Colômbia. Além disso, o país recebeu o prêmio de maior pontuação entre todos os competidores da Olimpíada.

todos os participantes brasileiros são estudantes do Nordeste. Paulo Vinicius Rodrigues De Azevedo (Colégio Master/CE) foi “Top Gold” da competição, obtendo a maior nota entre todos os concorrentes da OIAB. Julia Mota Miranda (Colégio GGE) e João Nilson Pedreira Da Cruz Neto (Colégio Coesi) receberam medalhas de ouro, enquanto Francisco Ulisses Montenegro Campos (Colégio Ari de Sá) foi premiado com a prata. Esse foi o melhor resultado já obtido pelo Brasil na OIAB.

Estudante Paulo Vinicius Rodrigues de Azevedo obteve a maior nota na 18ª Olimpíada Iberoamericana de Biologia. Foto: Instituto Butantan

O estudante João Nilson diz estar honrado por representar o estado de Sergipe, que pela primeira vez teve participação na Iberoamericana de Biologia. “Agradeço a todos que me ajudaram a participar desse marco incrível na minha história”, diz João Nilson.

Estudantes enfrentam diversos desafios na OIAB, na Colômbia. Foto: Instituto Butantan

Mais do que realizar as provas e medalhar, o jovem estava animado, principalmente, “para conhecer e conversar com outros estudantes de diversas partes da Iberoamérica e conhecer culturas diferentes.” 

Júlia, que também saiu do País pela primeira vez para participar da Olimpíada, descreve a oportunidade como a realização de um sonho. No entanto, reforça que a participação de meninas em competições do tipo ainda é baixa quando comparada ao número de garotos – fato que ela pretende ajudar a mudar. 

– Nos últimos três meses, tenho me preparado para as provas com a intenção de representar o Brasil com excelência. Mas além do resultado obtido pela delegação brasileira, torço para que a minha participação e desempenho sirvam de estímulo para que outras garotas participem das olimpíadas científicas – reforça a jovem. 

Treinamento

Antes de partirem para Colômbia, os estudantes passaram por seletiva e capacitação no Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em maio de 2025. A oportunidade foi concedida após os jovens receberem medalhas de ouro na 21ª Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), organizada pelo Instituto em parceria com a Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB). 

OIAB 2026 no Brasil

Em 2026, a OIAB será sediada no Brasil, com as competições ocorrendo no próprio Instituto Butantan. A delegação brasileira deve retornar da Colômbia ao País com um troféu nos braços, o qual simboliza a OIAB e que será guardado pelo Butantan durante todo o próximo ano, até a realização da nova edição. 

Essa é a terceira vez em que o Brasil recebe a Olimpíada Iberoamericana de Biologia, com a primeira tendo ocorrido em 2008, no Rio de Janeiro, e a segunda em 2016, em Brasília. 

Segundo Sonia Aparecida de Andrade Chudzinski, pesquisadora do Butantan e coordenadora nacional da OBB desde 2017, “a Comissão Organizadora já está trabalhando na parte técnica-científica, elaboração dos testes teóricos e práticos, bem como em diferentes aspectos de uma recepção carinhosa e cheia de experiências científicas e culturais, demonstrando um pouco mais sobre o nosso Instituto e do Brasil.”

Estudantes representam o Brasil na 18ª Olimpíada Iberoamericana de Biologia, na Colômbia. Foto: Instituto Butantan

Sobre a OBB

A OBB é um projeto educacional e social para estudantes do ensino médio, da rede pública e privada, de todo o Brasil, que tem como principal objetivo aproximar os estudantes do ensino médio à pesquisa científica. 

A Olimpíada é porta de entrada para as competições internacionais, permitindo que os melhores classificados participem de seletivas para a Olimpíada Internacional de Biologia (IBO) e Olimpíada Iberoamericana de Biologia (OIAB). Em 2025, a olimpíada somou 161 mil participantes, com 20 medalhistas de ouro sendo capacitados pelo Instituto.  

A OBB recebe o apoio da Fundação Butantan, Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB), equipe de Relações Internacionais do Instituto Butantan, Centro de Toxinas, Resposta-imune e Sinalização Celular (CeTICS), Centre of Excellence for New Target Discovery (CENTD), Governo Federal do Brasil, Governo do Estado de São Paulo, Ministério da Educação, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Federal de Biologia (CFBio) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Portal do Butantan: butantan.gov.br

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